A música renascentista tinha uma tradição vocal, e a barroca evoluiu para um estilo verdadeiramente instrumental. Os quartetos vocais podiam ser facilmente transcritos para quartetos de flautas doces. Com isto, a flauta doce precisou de se modificar na sua construção para aumentar a sua extensão e refinar o seu timbre. Na segunda metade do séc. XVII, Hotteterre e a sua família de músicos levaram à padronização da construção da flauta traverso, a qual evoluiu até à flauta transversal moderna de Boehm, no século XIX.